Semana teve início nesta segunda-feira e estende-se até o dia 16 com palestras, panfletagem, entre outras atividades

Nova Andradina promove Semana de Combate ao Bullying

Humilhações, agressões, exclusão, isolamento, intimidação, ofensas e assédios. Esses são alguns comportamentos intencionais e repetitivos praticados por uma ou mais pessoas contra outro, geralmente mais fraco e indefeso. O nome dado para essa prática é bullying, um problema que já invadiu as instituições de ensino e tornou-se um problema mundial, bem mais complexo do que muita gente imaginava ser.
Com o objetivo de trabalhar a temática nas escolas de Nova Andradina, deu início no último dia 12 a Semana de Combate ao Bullying e estende-se até o dia 16 com palestras, panfletagem, teatro, vídeos, entre outras atividades.
A Semana visa esclarecer o que é o ‘bullying’, como identificá-lo e quais as formas que os alunos têm para se defender deste tipo de agressão.
Abordando os diversos aspectos sobre o tema, Leonel Júlio da Cunha, instrutor do Proerd, iniciou seu ciclo de palestras nesta terça-feira (13) na Escola Estadual Irnam Ribeiro.
“Através das palestras quero sensibilizar, humanizar e provocar sentimento de indignação contra as injustiças que as vítimas de bullying sofrem”, afirma Cunha.
Além de explicar as consequências que essa prática pode causar na vítima, a palestra é conduzida com um filme que retrata cenas de um jovem que sofre de bullying. “O foco é mexer com o emocional dos alunos, levando-os a se colocarem no lugar da vítima e esclarecer a eles as consequências negativas que essa prática traz”, ressalta o instrutor do Proerd.

EFEITOS – O bullying provoca danos tanto na aprendizagem, saúde e socialização.
Na aprendizagem, a vítima de bullying começa a ter déficit de concentração, queda no rendimento, desinteresse, recusa a frequentar a escola e, principalmente reprovam. Efeitos no social também são notados na vítima como retraimento, isolamento, exclusão, dificuldade de relacionamento e para tomar decisões e, também tem atitudes antissociais.
Outro ponto destacado por Cunha é que a vítima pode apresentar baixa autoestima, sentimento negativo relativo a si próprio, depressão, comportamentos agressivos, estresse, fobias, raiva reprimida e sentimento de vingança.
“Em minha visão considero o bullying um ato criminoso, porque ele viola a integridade física, psicológica e a dignidade das pessoas. Além disso, ameaça o direito a educação, ao desenvolvimento, a saúde e a sobrevivência”, explana.

PAPEL DO PROFESSOR – Para Vera Lúcia de Paula Garcia, coordenadora pedagógica da Escola Irman Ribeiro, local em que recebeu a palestra da semana, disse que a ação tem grande importância para a escola. “Por mais que temos trabalhado esse tema e desenvolvido várias ações o resultado aparece a longo prazo, até porque muitos alunos estão sofrendo bullying em casa e na rua. Então é difícil a escola combater sozinha essa prática”, afirma, acrescentando que “queremos levar a comunidade a refletir sobre esse assunto”.
O professor tem papel fundamental na prevenção e combate ao bullying, na sala de aula. “O professor tem que estar sempre atento, pois ele é o elo de combate ao bullying dentro da sala de aula. É ele quem vai embutir nos alunos os valores”, pontua Vera Lúcia.

Legenda: Palestras visam sensibilizar, humanizar e provocar sentimento de indignação

Reportagem do Jornal Imagem

Aline Leão
Da Redação

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